Das chineladas que recebi de minha mãe e cinturãozadas de meu pai, só se perderam as que eles não acertaram...
Mães desnecessárias
Por: Martha Medeiros
A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo.
Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase e ela sempre me soou estranha.
Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria debaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos.
Uma batalha interna hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todos temos dentro de nós, lembro-me logo da frase, que hoje se tornou absolutamente clara.
Se eu fiz bem o meu trabalho, tenho que me tornar desnecessária.
Antes que alguma mãe apressada me venha acusar de desamor, preciso de explicar o que significa isso.
Ser 'desnecessária' é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque o vício e a dependência dos filhos, como uma droga, ao ponto de eles não conseguirem ser autónomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar o seu próprio rumo, fazer as suas escolhas, superar as suas frustrações e cometer os seus próprios erros também.
A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical, como bem resumiu a psicóloga e educadora Lídia Aratangy no artigo 'maternidade, liberdade, solidariedade'.
A cada nova fase, uma nova perda e um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho.
Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não pára de se transformar ao longo da vida.
Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo. O que eles precisam é de ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis.
Pai e Mãe solidários - criam filhos para serem livres.
Esse é o maior desafio e a principal missão.
Ao aprendermos a ser 'desnecessários', transformamo-nos em porto seguro para quando eles decidirem atracar.
Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase e ela sempre me soou estranha.
Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria debaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos.
Uma batalha interna hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todos temos dentro de nós, lembro-me logo da frase, que hoje se tornou absolutamente clara.
Se eu fiz bem o meu trabalho, tenho que me tornar desnecessária.
Antes que alguma mãe apressada me venha acusar de desamor, preciso de explicar o que significa isso.
Ser 'desnecessária' é não deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque o vício e a dependência dos filhos, como uma droga, ao ponto de eles não conseguirem ser autónomos, confiantes e independentes. Prontos para traçar o seu próprio rumo, fazer as suas escolhas, superar as suas frustrações e cometer os seus próprios erros também.
A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical, como bem resumiu a psicóloga e educadora Lídia Aratangy no artigo 'maternidade, liberdade, solidariedade'.
A cada nova fase, uma nova perda e um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho.
Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não pára de se transformar ao longo da vida.
Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo. O que eles precisam é de ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis.
Pai e Mãe solidários - criam filhos para serem livres.
Esse é o maior desafio e a principal missão.
Ao aprendermos a ser 'desnecessários', transformamo-nos em porto seguro para quando eles decidirem atracar.
Para quem não conhece, vale a pena ler o texto: Mães más.
Postei-o no ano passado.
leia-o: Sou uma mãe má .
MÃES NÃO MORREM
Desconheço a autoria
*Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez.
Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola em meu 1º dia de aula.
Eu me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer.
Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente daqueles garotos brutamontes que me ameaçavam, como das dificuldades intransponíveis da tabuada.*
Quando fiz 14 anos eu a matei novamente.
Não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis.
Mas logo no primeiro porre eu felizmente a descobri revivida - foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra de meu pai.*
*Aos 18 anos achei que mataria minha mãe definitivamente, sem chances para ressurreição.
Entrara na faculdade, iria morar em república, faria política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese.
Ledo engano: quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir voltei à casa materna, único espaço possível de guarida e compreensão.
Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, apenas requeria lentidão...
Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e segui viagem.
Mas bastou nascer a primeira filha para descobrir que o bicho 'mãe' se transformara num espécie ainda mais vigoroso chamado 'avó'.
Para quem ainda não viveu a experiência, avó é mãe em dose dupla...
Apesar de tudo continuei acreditando na tese da morte lenta e demorada, e aos poucos fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos regulares ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos, papéis que somente ela poderia protagonizar...
Mas o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu: quando menos esperava, ela decidiu morrer.
Assim, sem mais, nem menos, sem pedir licença ou permissão, sem data marcada ou ocasião para despedida.
Ela simplesmente se foi, deixando a lição que:
Mães são para sempre.
*Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez.
Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola em meu 1º dia de aula.
Eu me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer.
Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente daqueles garotos brutamontes que me ameaçavam, como das dificuldades intransponíveis da tabuada.*
Quando fiz 14 anos eu a matei novamente.
Não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis.
Mas logo no primeiro porre eu felizmente a descobri revivida - foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra de meu pai.*
*Aos 18 anos achei que mataria minha mãe definitivamente, sem chances para ressurreição.
Entrara na faculdade, iria morar em república, faria política estudantil, atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese.
Ledo engano: quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir voltei à casa materna, único espaço possível de guarida e compreensão.
Aos 23 anos me dei conta de que a morte materna era possível, apenas requeria lentidão...
Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e segui viagem.
Mas bastou nascer a primeira filha para descobrir que o bicho 'mãe' se transformara num espécie ainda mais vigoroso chamado 'avó'.
Para quem ainda não viveu a experiência, avó é mãe em dose dupla...
Apesar de tudo continuei acreditando na tese da morte lenta e demorada, e aos poucos fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos regulares ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos, papéis que somente ela poderia protagonizar...
Mas o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu: quando menos esperava, ela decidiu morrer.
Assim, sem mais, nem menos, sem pedir licença ou permissão, sem data marcada ou ocasião para despedida.
Ela simplesmente se foi, deixando a lição que:
Mães são para sempre.
E nem toda mãe é mãe!
Re
ResponderExcluircomo é o velho ditado?
- Ser mae é padecer no paraíso - ?????
Mãe é mãe e pronto:
Dois rapazes estavam numa situação de risco de morte, quando um fala:
- Cara eu não posso morrer, senão minha mãe me mata.
Beijinhos
Rejane..,meus parabéns pelo seu post!!
ResponderExcluirNo meu tempo não tinha psicologês. Eu almoçava o que tinha, sem reclamar. Vestia o que tinha ou o que gangava, se desobedecia, levava uns tapas.
Mas nunca me faltou conselhos para que eu não me aproximasse dos"pecados" da vida.
Que eu não andasse em mal companhia.
Fui trabalhar muito cedo. Não conhecia roupas de marcas.
E cresci sem nenhum trauma.
Hoje acabamos sendo muito permissivas. Porque ao amigo vai, pq eu vou bem na escola eu quero, pq eu sei me cuidar...
Muitas vezes criam-se filhos egoistas. Pq estamos na era do TER e não do SER.
Não sou super mãe. Poderia dizer mais não.
Mas sou a m~e que aprendi a ser. Ensino o que é o amor, que precisa ser solidário, que palavra dada tem que ser cumprida.
Mas sei que não estou imune. Ninguém está.
Temos que dar autonomia para eles crescerem concordo plenamente. Mas temos que colocar limites, e muitas vezes não colocamos.
É isso!!
Perfeita a sua colocação.
Parabéns Rejane!
Bjs
Ma Ferreira
Maravilhosos textos sobre mães. Ainda fico muito emocionada nesse dias por causa de minha filha que já partiu desse mundo. Rejane, o ArcadoAutoConhecimento foi indicado para concorrer ao SELO BLOG DA SEMANA, em votação que se iniciou no dia 05/05 e ficará aberta até o dia 11/05/2011 no BLOG DO SUPER WILL. Se você quiser me presentear com seu voto, deve acessar o blog do Super Will, no endereço http://wwwwillblog.blogspot.com/. O Will é o idealizador do selo, tendo por objetivo homenagear e promover a confraternização blogueira através da troca de links, divulgação e experiências. Desde já, agradeço a gentileza e amizade.
ResponderExcluirAmei...e roubei....kkkkk
ResponderExcluirFELIZ sempre das mães!
bjks