"Morte, o paradoxo da vida "
Morte. Palavra feia, detestável, evitada, que mete medo e causa repulsa. Palavra que, ao nos lembrar que temos um fim, pode nos fazer mais vivos e mais abertos ao que, realmente, importa na vida. Palavra que nos mostra que os nossos sofrimentos são bem reais, bem nossos e bem necessários, exatamente para que nos felicitemos nos nossos momentos de alegria. Palavra que, em tudo, é um paradoxo, o próprio paradoxo divino deixando claro que a vida só é importante, no fundo, por causa da sua existência.Mas, em se tratando de um paradoxo, o que a morte nos traz de vida? Ou, sendo parte natural da vida, porque ninguém aceita a morte? E, eis que vem a surpresa da resposta em um outro paradoxo. Só não aceita a morte àquele que nunca aceitou a vida, pois a vida é em si mesma, o próprio processo de morrer. Começamos a morrer exatamente no dia em que somos concebidos e a vida se constitui, então, como um caminhar para a morte. Viver é morrer um pouco a cada ano, a cada mês, a cada semana, a cada dia, a cada hora, a cada minuto. Viver é morrer um pouquinho mais a cada instante. E aqui, se pararmos para olhar a morte sob uma perspectiva maior que as perspectivas que normalmente usamos para ler o mundo e os seus fenômenos, podemos perceber que no caminhar da nossa existência eu sempre estou trocando a minha vida pela minha morte e como, normalmente, nós sempre trocamos uma coisa por outra de valor igual, isso acaba por nos mostrar uma coisa sagrada: só morre bem quem vive bem. É o paradoxo divino da vida que só é vida por causa da morte . Resta-nos escolher com a vida que temos ,o tipo de morte que queremos ,ou projetar com a morte que teremos o tipo de vida que levamos. Não posso escolher não nascer, mas posso escolher a minha vida e fazer a minha morte e não posso escolher não morrer, mas posso escolher a minha morte a partir da minha vida. Isso é, de fato, uma questão de escolha, e poder escolher as duas coisas mais importantes da vida em uma só, me faz, de certa forma, imortal.
Sobre o autor:Pedro Paulo Rodrigues Cardoso de Melo é Psicólogo Clínico e Empresarial,
Psicopedagogo, Professor de Graduação e Pós-Graduação e Conferencista.
A idade chega para todos
Sempre se lembre que a pele se enruga...
o cabelo se torna branco, os dias se transformam em anos...
Mas o importante não muda...:
Teu espírito é o espanador de qualquer teia de aranha...
Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida...
Atrás de cada engano, há outro desafio...
Enquanto estiveres vivo, sinta-se viva...
Se fizestes algo diferente, volte a fazê-lo...
Não vivas de fotos amareladas...
Segue em frente ainda que todos esperem que desistas...
Não deixes que se oxide o ferro que existe em ti...
Faz que, em vez de pena, tenham respeito por ti...
Quando, devido à idade, não possas correr, ande depressa...
Quando não possas andar depressa, caminha...
Quando não possas caminhar, usa a bengala...
Mas não pares nunca...!!!
CAMILLE CLAUDEL
Meus Filhos
Texto copiado da internet
No dia em que eu estiver mais velha e já não seja mais a mesma, tenha paciência e me compreenda...
Quando vier a derramar comida em minha roupa ou a esquecer de amarrar meus sapatos, lembre-se das horas que passei ensinando-o a fazer as mesmas coisas...
Se ao conversar comigo, eu vier a repetir a mesma história, que você já sabe de cor como termina, não me interrompa e me escute... Quando você era pequeno, para que dormisse, tive que contar milhares de vezes as mesmas histórias, até que fechasse seus olhinhos.
Quando estivermos reunidos, se por ventura eu, sem querer, vier a fazer minhas necessidades, não sinta piedade de mim, compreenda que não tenho culpa por isso, pois já não posso mais controlá-las.
Pense em quantas vezes, quando você era pequenino, eu não o ajudei e fiquei pacientemente ao seu lado esperando que você terminasse o que estava fazendo.
Não me recrimines por não querer tomar banho, nem me repreenda por isso. Lembre-se dos momentos em que tive que persegui-lo e nos mil pretextos que tive que inventar para fazer mais agradável seu asseio. Aceita-me e me perdoa, agora a criança sou eu.
Quando me vir atônita e desamparada em frente a todas as parafernálias tecnológicas, que não consigo entender, suplico que me dê todo o tempo que me seja necessário, sem me menosprezar com seu sorriso tolerante.
Lembre-se que fui eu quem lhe ensinou tantas coisas: comer, vestir-se e sua educação para enfrentar a vida tão bem como você faz, são produtos de meu esforço e perseverança.. e por meu amor a você.
Quando algumas vezes, ao conversarmos, eu vier a esquecer sobre o que estávamos falando, me dê o tempo necessário para que eu me lembre e, se eu não conseguir fazê-lo, não zombe de mim, talvez não fosse muito importante o que falávamos e eu me conforme em que só me escute nesse momento.
Sempre quis o melhor para você e preparei os caminhos que você deveria percorrer. Pensa então que com esse passo que me adianto em dar, estarei construindo para você uma outra rota em um outro tempo, mas sempre com você.
Não se sinta triste ou impotente por me ver como me vê, me dê seu coração.
Compreenda-me e faça como fiz quando você começou a viver, da mesma maneira como acompanhei em seu caminho, rogo-lhe que me acompanhe até terminar o meu, dando-me amor e paciência, que eu lhe devolverei em gratidão e sorrisos, com o imenso amor que tenho por você.
Autoria desconhecida.