"Vença a si mesmo e terá vencido o seu próprio adversário." (Provérbio japonês)



“Presos ou soltos, nós, seres humanos, somos muito cegos e sós. Quase nunca conseguimos transcender os nossos estreitos limites para enxergar os outros e a nós mesmos sem projetar o nosso próprio vulto na face alheia e a cara dos outros na nossa.”

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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Autenticidade Consciencial .






"Quando decidimos ser autênticos, iniciamos uma verdadeira renovação íntima, uma revolução consciencial."


O que é Autenticidade Consciencial?



A autenticidade consciencial é a possibilidade do homem ou da mulher ser capaz de revelar sua realidade íntima, nua e crua, para si próprio e para as demais pessoas. Desta forma, a pessoa autêntica mostra claramente quem é, qual é sua intenção verdadeira, sem fingimentos nem demagogias.

 Como podemos ser autênticos em uma sociedade tão hipócrita?
Ser autêntico é remar no contrafluxo da sociedade atual onde a hipocrisia e a mentira predominam. Vivemos em uma sociedade baseada nas aparências, nas falsas promessas, na demagogia, no politicamente correto.

É um grande desafio sermos autênticos nos dias de hoje onde muita coisa é falsa: produtos falsificados, serviços artificializados, relacionamentos de fachada, atitudes falsas... Portanto, a autenticidade consciencial produz incômodo, desconforto, constrangimento, mas faz o sujeito refletir sobre sua real situação de vida.

Qual o primeiro passo para sermos mais autênticos?
Não é possível estudarmos a autenticidade sem conhecermos o seu contrário: a inautenticidade. E a mentira é uma das maiores expressões da falta de autenticidade. Para sermos autênticos precisamos primeiro eliminar nossas inautenticidades. Precisamos conhecer a nós mesmos: nosso lado “iluminado” e também nosso lado “sombrio”.

O primeiro passo para sermos mais autênticos é a pessoa desejar respeitar a si mesma e os demais. Vale a pena perguntar: Eu quero viver uma vida de mentiras agradáveis ou quero colocar os pés no chão e assumir minha realidade nua e crua?

Estou disposto a aceitar quem eu sou para poder enfrentar e melhorar minha realidade? Se a pessoa não deseja mudar nada em sua vida é melhor ela não perder tempo com a autenticidade consciencial.

O que leva uma pessoa a mentir? Qual a origem da mentira?
Existem muitas razões (ou desrazões) para sustentar uma mentira. Uma pessoa pode mentir para se proteger, para proteger entes queridos, para tirar vantagens em uma situação. Outros mentem por medo. Até mesmo as plantas e os animais mentem ou enganam uns aos outros como uma estratégia de sobrevivência.

Um camaleão, por exemplo, que muda a cor de sua pele para ficar “invisível” ou uma belíssima planta carnívora que atrai o inseto têm uma vantagem biológica sobre os demais animais.

Portanto, a mentira exerce um papel na sobrevivência dos bichos e plantas. O ser humano herdou esta capacidade de mentir, de enganar, de “passar a perna” e, hoje, é considerado um dos animais cuja capacidade de dissimular é bastante evoluída.

O Homo sapiens é mestre na mentira. Contudo, não podemos usar isso como justificativa para continuar mentindo. Há pessoas que mentem para fugir de uma realidade desagradável.

Muitas pessoas vivem em uma torre de marfim, pintam uma realidade falsa de sua vida, ou seja, enganam a si próprias e as demais.
No fundo sofrem caladas, pois não querem mostrar que estão infelizes. E viver uma ilusão pode se tornar um sério problema.

 Como saber se uma pessoa é autêntica ou não?
A Psicologia estuda uma infinidade de comportamentos típicos do mentiroso, tais como a alteração do timbre de voz, do olhar, das microexpressões faciais, das reações do sistema nervoso, a linguagem não verbal, dentre outras. Podemos dizer algo com a boca e “falar” outra coisa através do olhar ou das expressões corporais.

Porém, com certo treinamento uma pessoa pode ser capaz de controlar suas expressões e mentir de forma bastante natural. Até mesmo controvertidos detectores de mentira não são confiáveis.

Por outro lado, a Conscienciologia traz uma nova abordagem a este problema: podemos ser inautênticos através de nossa fala, do olhar, do corpo, etc., mas as nossas energias nunca mentem.

 O que são estas energias e o que isso tem a ver com a autenticidade?
Todo ser humano possui um campo de energias que vitaliza o corpo biológico. Chamamos esse veículo de energossoma. Este é um corpo invisível aos olhos, mas perceptível através do parapsiquismo.

São estas energias que formam os chacras, a aura e toda psicosfera humana. Estas energias regulam nossa saúde, nossas interações com as demais pessoas e são uma espécie de cartão de visitas.
Por onde passamos, deixamos nossas energias impregnadas igual a um perfume. Imantamos objetos, pessoas, roupas, com nossas energias. A nossa vida é puramente energética.

Assim, quem é mais sensível parapsiquicamente consegue perceber ou mesmo “enxergar” estas energias pela clarividência, por exemplo. Portanto, se uma pessoa está mentindo, ocultando uma verdade ou tem uma segunda intenção, dissimulada, esta informação “vaza” através das energias.

Nossas energias são sempre autênticas. O melhor detector de mentiras é a pessoa parapsíquica. A conclusão óbvia é: quem domina mais as suas energias é menos enganado pelos outros.

 Então, é possível ler o pensamento de alguém pelo parapsiquismo?
O pensamento de uma pessoa “aparece” em suas energias como se fosse um filme projetado em uma tela de cinema. E pela assimilação simpática, por exemplo, você consegue sentir o que a outra pessoa esta sentindo.

Por exemplo: um homem que guarda um segredo a sete chaves durante muito tempo, ficando com aquela idéia fixa em sua mente. Este monoideísmo se reflete em suas energias.
Aí começa um processo patológico de auto-intoxicação: a pessoa se" fecha em copas" e acaba se envenenando com suas próprias energias.

É o que a Conscienciologia chama de auto-assédio. Isso é detectável no campo de energias da pessoa através do parapsiquismo. 

 O que o parapsiquismo tem a ver com a autenticidade?
O parapsiquismo abre as portas de uma realidade nova para a pessoa. Através dele descobrimos que a consciência sobrevive após a morte do corpo humano e que existem outras dimensões onde há sociedades organizadas além do mundo físico, material.

Chamamos isso de multidimensionalidade: somos seres multidimensionais, isto é, interagimos com outras dimensões a cada momento.
As consciências extrafísicas (ou consciexes), aquelas que já não mais respiram nesta dimensão física, interagem conosco a todo instante. E o mais interessante é que, do ponto de vista delas, nossos pensamentos são visíveis ou tangíveis.

Na prática isso significa que nunca estamos sós e que não há inautenticidade do ponto de vista multidimensional.
Não podemos ocultar nada para as consciexes. Então não há razão para sermos dissimulados, falsos, hipócritas se na prática somos um “livro aberto” na multidimensionalidade.


 O que ocorre quando uma pessoa esconde um erro cometido?
Neste caso a pessoa comete dois erros: o primeiro erro, propriamente dito, e o segundo erro de acobertar sua falta e, portanto, não desejar a sua correção. Este erro acobertado é percebido pelas consciexes, ainda mais se a pessoa estiver com sentimento de culpa e se houver vítimas diretas do erro.

Isso irá atrair o interesse de consciexes para se aproveitar da situação e “roubar” as energias da pessoa que acobertou o erro. A isso chamamos de assédio interconsciencial, um problema mais comum do que imaginamos.

 É possível sermos 100% autênticos?
Em nossa sociedade humana isso ainda é impraticável. Há mentiras sociais, do tipo light, inevitáveis. É o chamado malabarismo social que faz parte de nosso cotidiano. Por exemplo: quando alguém fala “olá, tudo bem?”, por educação respondemos que está tudo bem conosco, apesar dos problemas que estamos enfrentando.

Por outro lado, há mentiras bastante negativas, com a intenção perversa de prejudicar alguém. São estas inautenticidades que precisam ser mais combatidas: a corrupção, o estelionato, a lavagem cerebral, o falso moralismo, a manipulação demagógica da população.

Isso precisa ser combatido pelas denúncias e pela reeducação. Contudo, não podem esperar que a humanidade se manifeste com autenticidade da noite para o dia.

Isso é impraticável e geraria muitos conflitos. A sociedade não pode ser mais autêntica porque ainda é imatura, infantil e apresenta fissuras em sua capacidade de convivência.
Precisamos amadurecer nossa sociabilidade ou habilidade de conviver pacificamente uns com os outros. 

 Como ser autêntico com o outro sem ser rude ou mal educado?
Para isso existe em Conscienciologia um conceito chamadobinômio admiração-discordância: podemos admirar uma pessoa e ao mesmo tempo discordar de sua opinião. Muitas pessoas não são autênticas umas com as outras por medo de ofendê-las.

Por exemplo: a mulher ou o marido que não fala abertamente sobre os problemas de relacionamento com seu cônjuge com medo de gerar conflitos com ele.

Muitos preferem manter as aparências do casamento e não aprofundam o diálogo e a desinibição. Se amamos uma pessoa precisamos ajudá-la, não tapeá-la. Por isso a autenticidade consciencial é um grande desafio também para o relacionamento a dois.

 A pessoa pode ser inautêntica consigo mesma? 
Isso é o que chamamos em Conscienciologia deautocorrupção. A pessoa tapeia a si própria. A pior mentira é quando a pessoa mente para si mesma e acaba acreditando nesta mentira.

Há algumas frases clássicas que ilustram a autocorrupção, por exemplo:
• “Se todo mundo faz por que eu também não posso fazer?”
• “Um a mais, um a menos não fará diferença.”
• “Porque fazer hoje se posso deixar para amanhã?”
• “Os fins não justificam os meios.”
Se a pessoa não respeita a si mesma, não se leva a sério, então quem irá levá-la a sério?


Ser autêntico é moralmente correto?
Nem sempre. A autenticidade não é moralmente boa nem ruim. Ela é neutra. Tudo depende da intenção e do discernimento da pessoa ao manifestar-se de forma autêntica.

Para sermos autênticos precisamos de tato. Não podemos usar as verdades como um tacape sob a cabeça das pessoas.
Por outro lado, não podemos dissimular a toda hora só para agradar nossos interlocutores e mantermos nossa imagem de boa-pessoa.

A autenticidade antes de tudo exige discernimento e CPC -Código Pessoal de Cosmoética.

Qual o benefício em sermos pessoas autênticas?
Uma das maiores vantagens em agirmos com autenticidade é a possibilidade da pessoa encarar a si mesma com realismo e, com isso, conhecer mais à fundo nossa realidade intraconsciencial.

A vida humana materialista nos torna especialistas em uma série de assuntos, mas sabemos muito pouco a nosso próprio respeito.
Além disso, é muito mais inteligente sermos autênticos, mostrando quem de fato somos e nos esforçando para melhorarmos, do que fingir o tempo todo, gastando nossa energia para moldar algo que não somos de fato.

A palavra desilusão tem um sentido negativo em nossa linguagem. E deveria ser o contrário: a desilusão é muito boa, pois permite ao homem e a mulher sair do mundo das ilusões.
Por isso, a autenticidade gera crises. E a crise nem sempre é ruim: precisamos viver crises de crescimento. Se uma vida é muito monótona e o sujeito não renova seus hábitos, então vive em uma zona de conforto.

Há algo errado nisso. Quando decidimos ser autênticos, iniciamos uma verdadeira renovação íntima, uma revolução consciencial.



 TONY MUSSKOPF - professor e pesquisador de Conscienciologia, voluntário do CEAEC – Centro de Altos Estudos da Conscienciologia, em Foz do Iguaçu, Paraná. É psicólogo e professor universitário.

4 comentários:

  1. Minha companheira blogueira Rejane... quanto tempo...

    Perfeito esse artigo e bem esclarecedor...
    Autenticidade na verdade são pra poucos... e paga-se um preço bem alto quando a tem...
    Eu que o diga!
    Mas é recompensador... podermos ser livres e ter coragem de ser quem somos de verdade...
    Pois pior do que ser enganado é enganar-se a si mesmo!

    Bjs amiga!

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  2. "O homem é um animal que finge - e nunca é tão autêntico como quando interpreta um papel."

    Beijo.

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  3. Olá Rejane. Uma bela mensagem para ser lida bem devagar. Afinal, aqui há uma proposta para sair da artificialidade de tudo para entrar no mundo natural e sem maquiagem do ego. Penetrar em nosso santuário, retirando todas as máscaras. Tarefa difícil, mas tem que ser feita, se queremos ser felizes dentro de nossa autenticidade consciencial. Beijos.

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  4. QUERIDA!!!
    PASSEI PARA TE DEIXAR UM ABRAÇO CARINHOSO E LER ESTE TEXTO FANTÁSTICO.
    QUE SUA SEMANA SEJA CHEIA DE AMOR.

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Muito obrigada pela visita.
Volte sempre!!
Rejane

Textos no arquivo :

"Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma... Todo o universo conspira a seu favor!" - Goethe "Sou sempre eu mesma,mas com certeza não serei a mesma para sempre!" Clarice Lispector

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"Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma... Todo o universo conspira a seu favor!" - Goethe





"Sou sempre eu mesma,mas com certeza não serei a mesma para sempre!"



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