"Ah, se fosse assim tão simples! Se houvesse pessoas más em um lugar, insidiosamente
cometendo más ações, e se nos bastasse separá-las do resto de nós e destruí-las.
Mas a linha que divide o bem do mal atravessa o coração de todo ser humano.
E quem se disporia a destruir uma parte do seu próprio coração? "
AO ENCONTRO DA SOMBRA
mais insuportável, mais odiosa e de convívio mais impossível; ele descreverá as suas próprias
características reprimidas — uma auto descrição que é absolutamente inconsciente e
que,portanto, sempre o tortura quando ele recebe seu efeito de uma outra pessoa. Essas
mesmas qualidades são tão inaceitáveis para ele precisamente porque elas representam o seu
próprio lado reprimido; só achamos impossível aceitar nos outros aquilo que não conseguimos
aceitar em nós mesmos. Qualidades negativas que não nos incomodam de modo tão intenso ou
que achamos relativamente fácil perdoar — se é que precisamos perdoá-las — em geral não
pertencem à nossa sombra.
A sombra é a experiência arquetípica do "outro", aquele que, por ser-nos estranho, é
sempre suspeito. A sombra é o impulso arquetípico de buscar o bode expiatório, de buscar
alguém para censurar e atacar a fim de nos vingarmos e nos justificarmos;ela é a experiência arquetípica do inimigo, a experiência da culpabilidade que sempre recai
sobre o outro, pois estamos sob a ilusão de que conhecemos a nós mesmos e já trabalhamos
adequadamente nossos próprios problemas. Em outras palavras, na medida em que é preciso
que eu seja bom e justo, ele, ela ou eles tornam-se os receptáculos de todo o mal que deixo de
reconhecer dentro de mim mesmo."
“Cada ser é uma flor a desabrochar sob a luz da consciência do outro”
(Paule Salomon)
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Rejane