A emoção é sempre um somatório de diferentes emoções.
Por *Lousanne Arnoldi de Lucca
Por *Lousanne Arnoldi de Lucca
A palavra emoção vem do latim e significa "mover-se em direção à", isto é, toda emoção é um impulso para a ação e, portanto, cada uma desempenha uma função única com um tipo de resposta para cada situação. Quando eu digo única, não significa pura, pois isso não existe. A emoção é sempre um somatório de diferentes emoções, uma associação que representa um estado emocional.
Compreender as emoções e o que precisa ser compreendido nelas requer que estejamos atentos ao próprio processo em que elas ocorrem, sem julgarmos o que nele acontece, mas observando para podermos discernir com acuidade. Se partimos do pressuposto que algumas são boas e outras são ruins, já partimos de um preconceito e, portanto, teremos uma visão parcial.
Sei que algumas emoções são muito doloridas e que não é bom cultivá-las, mas se elas estão se fazendo presentes é porque algo em mim precisa ser visto. É necessário que eu esteja atenta e aberta para poder examiná-las e poder perceber que tipo de ponto de vista ou perspectiva estou usando na percepção de algo para que sinta o que estou sentindo. Se, ao contrário, me dispuser ao combate apenas porque elas não deveriam estar lá porque não é "normal" ou não é "como seria certo eu ser", estarei numa postura estereotipada, vaidosa, de não querer que elas estejam apenas porque não são "ideais".
Somos seres humanos (demasiadamente humanos, como diria Nietzsche), não podemos desprezar o que nos acontece em nome de um modelo ideal de ser, de uma fantasia de "autocontrole", ou mesmo de um equilíbrio que estamos longe de possuir. Essa fantasia ou ideal de ser nos propõe uma vida harmônica, sem tensão, sem conflitos, sem polaridade, e só é possível no mundo das ideias, não no mundo real.
A enxurrada de livros de autoajuda em vez de dar aberturas para o nosso processo, para que possamos olhar sem medo o nosso interior, nos oferecem receitas e conselhos de como ser ideais no mundo de hoje.Vendem ideias prontas de como ser "o melhor" num mundo competitivo, o que muitas vezes me faz pensar que quem está comprando é o nosso ego.
Já escrevi aqui que vida boa não é uma vida paradisíaca, e sim uma vida na qual aprendo a lidar com aquilo que surge em mim ou ao meu redor. É uma vida cheia de vitalidade e energia, lúcida dos próprios processos e não sem eles. Espiritualmente, uma vida da qual tudo faz parte e na qual aprendo a valorizar e escolher, a assumir compromisso e poder, na qual aprendo a hierarquizar meus valores, rever minhas crenças, reformular meus pontos de vista, na qual cresço em consciência.
Temos sensações, sentimentos, emoções, pensamentos numa rede interligada, onde cada atividade se conecta a outra, formando uma estrutura psíquica; soma-se a isso a nossa personalidade, nossa filosofia de vida, nosso estado espiritual, nosso tempo, nossa cultura, nossa formação religiosa, nosso corpo, nossas particularidades, nosso país, a economia, a história, as relações familiares, nosso sistema neurológico, nosso sistema fisiológico,etc. Nada está separado! Isto tudo constitui o nosso mundo emocional.
Queremos ser conscientes, portanto, faz parte desta amplificação de consciência: observar e reconhecer as próprias emoções, fazer um alfabeto emocional próprio, seguir a emoção e perceber a relação com os pensamentos, as crenças, os valores, examinar e conhecer as ações que elas provocam, perceber se elas estão no comando ou se é você; enfim, vê-las como sinais, efeitos dos seus feitos internos.
Preste atenção e veja se assim fica mais fácil lidar com elas...
Compreender as emoções e o que precisa ser compreendido nelas requer que estejamos atentos ao próprio processo em que elas ocorrem, sem julgarmos o que nele acontece, mas observando para podermos discernir com acuidade. Se partimos do pressuposto que algumas são boas e outras são ruins, já partimos de um preconceito e, portanto, teremos uma visão parcial.
Sei que algumas emoções são muito doloridas e que não é bom cultivá-las, mas se elas estão se fazendo presentes é porque algo em mim precisa ser visto. É necessário que eu esteja atenta e aberta para poder examiná-las e poder perceber que tipo de ponto de vista ou perspectiva estou usando na percepção de algo para que sinta o que estou sentindo. Se, ao contrário, me dispuser ao combate apenas porque elas não deveriam estar lá porque não é "normal" ou não é "como seria certo eu ser", estarei numa postura estereotipada, vaidosa, de não querer que elas estejam apenas porque não são "ideais".
Somos seres humanos (demasiadamente humanos, como diria Nietzsche), não podemos desprezar o que nos acontece em nome de um modelo ideal de ser, de uma fantasia de "autocontrole", ou mesmo de um equilíbrio que estamos longe de possuir. Essa fantasia ou ideal de ser nos propõe uma vida harmônica, sem tensão, sem conflitos, sem polaridade, e só é possível no mundo das ideias, não no mundo real.
A enxurrada de livros de autoajuda em vez de dar aberturas para o nosso processo, para que possamos olhar sem medo o nosso interior, nos oferecem receitas e conselhos de como ser ideais no mundo de hoje.Vendem ideias prontas de como ser "o melhor" num mundo competitivo, o que muitas vezes me faz pensar que quem está comprando é o nosso ego.
Já escrevi aqui que vida boa não é uma vida paradisíaca, e sim uma vida na qual aprendo a lidar com aquilo que surge em mim ou ao meu redor. É uma vida cheia de vitalidade e energia, lúcida dos próprios processos e não sem eles. Espiritualmente, uma vida da qual tudo faz parte e na qual aprendo a valorizar e escolher, a assumir compromisso e poder, na qual aprendo a hierarquizar meus valores, rever minhas crenças, reformular meus pontos de vista, na qual cresço em consciência.
Temos sensações, sentimentos, emoções, pensamentos numa rede interligada, onde cada atividade se conecta a outra, formando uma estrutura psíquica; soma-se a isso a nossa personalidade, nossa filosofia de vida, nosso estado espiritual, nosso tempo, nossa cultura, nossa formação religiosa, nosso corpo, nossas particularidades, nosso país, a economia, a história, as relações familiares, nosso sistema neurológico, nosso sistema fisiológico,etc. Nada está separado! Isto tudo constitui o nosso mundo emocional.
Queremos ser conscientes, portanto, faz parte desta amplificação de consciência: observar e reconhecer as próprias emoções, fazer um alfabeto emocional próprio, seguir a emoção e perceber a relação com os pensamentos, as crenças, os valores, examinar e conhecer as ações que elas provocam, perceber se elas estão no comando ou se é você; enfim, vê-las como sinais, efeitos dos seus feitos internos.
Preste atenção e veja se assim fica mais fácil lidar com elas...
* Socióloga, Pedagoga,
Pós graduada em Psicopedagogia,
Especialista em Orientação Educacional, Filosofia, Psicologia e Sexualidade Humana.
Especialista em Orientação Educacional, Filosofia, Psicologia e Sexualidade Humana.
Olá Amiga, estou entrando após um longo período de ausência. Foi bom ter retornado e saber que tenho uma necessidade de estar em contato neste espaço especial.Mais do que postar estou visitando blogs amigos. fico feliz por saber que apesar de tudo volto para onde me sinto que tenho valor. Minha vida não mudou, mas estou viva sentindo emoções do que faz se necessário para crescer.Sou cabeçuda e sensível demais. Nem lendo estava, mas recebi um presente ontem, um livro e creio que a vida lhe dá opções do que precisa curtir no momento.Um grande abraço, com carinho Sol
ResponderExcluirSomos feitos de emoções.O importante é saber moldá-las e cntrolá-las pra saber conviver... Lindo!beijos,chica
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