"Vença a si mesmo e terá vencido o seu próprio adversário." (Provérbio japonês)



“Presos ou soltos, nós, seres humanos, somos muito cegos e sós. Quase nunca conseguimos transcender os nossos estreitos limites para enxergar os outros e a nós mesmos sem projetar o nosso próprio vulto na face alheia e a cara dos outros na nossa.”

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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Pulsão.


Freud afirma que quando a criança nasce ela tem o que chama de "pulsão". Tem uma pulsão para a nutrição: é sua sobrevivência que está em jogo. Além dessa, a criança possui também, uma pulsão chamada libidinal. Deste modo, quando uma criança nasce, temos algo que ocorre simultaneamente. São as fases da evolução da libido: oral, anal, e fálica que ocorrem quase paralelamente à fase genital. Tais fases não ocorrem isoladamente. Explicando: não há possibilidade de uma criança passar por essas fases, sem que exista outra coisa simultaneamente, chamada Relação Objetal. Não existe a possibilidade de uma criança mamar, ter sensações orais e libidinais sem que haja um objeto. Tal objeto permite a manifestação libidinal. A relação objetal se dá com o outro. Qual é esse objeto?A mãe constitui o objeto que propicia todo este desenvolvimento evolutivo da libido em fases, conforme descrito acima. Logo, não poderá ocorrer tal evolução, se não existir a Mãe, ou seu substituto.  Estamos nos referindo a "função materna". Por exemplo: Suponhamos que a libido estivesse concentrada inicialmente, em uma parte do corpo, principalmente na boca. Logo, a libido da criança, está concentrada nesta parte do corpo, a boca.
 Segundo a expressão freudiana, a libido não está, ainda, distribuída no corpo da criança. Trata-se, segundo ele, de uma Pulsão Parcial, que está somente em uma parte do corpo, no caso exemplificado, na boca. Se acontecer nessa fase, algum trauma com a criança ocorrerá algo muito significativo a que Freud chamou "fixação". Vai haver, então, uma fixação libidinal na fase oral. Ao afirmar isso, "fixar na fase oral", não significa que esteja afirmando que a libido não continue passando por evolução. O que acontece na verdade, é que uma parte maior, fica retida nessa fase, isto porque sempre fica alguma coisa. Por exemplo: Para efeito didático, diríamos que deveria ficar 10% somente, de libido nesta fase. No entanto, ficam, porém, 50% ou 60% de libido na referida fase.                  
Quais são as conseqüências disto? O que pode acontecer? Ocorrerão características de um sujeito que teve ou adquiriu uma fixação na fase oral. Por este motivo, Freud a denominou "caráter oral": são caracteres dos quais a pessoa passa a ser portadora. Este "caráter oral" indica certa necessidade que este indivíduo tem, de utilizar a boca em situações muito mais freqüentes, do que o necessário. Por exemplo: Criança chupando o dedo durante um tempo maior do que deveria; adulto que fuma muito, indivíduo que come muito, que fala muito... O sujeito passa a utilizar-se da boca, mais que o normal. Isto já denunciaria segundo Freud, certa perversão.                       
 O trauma na "fase oral" pode ocorrer por várias razões. Por exemplo: Criança que não é amamentada no seio, significa prejuízo para ela. Isto porque, ao invés de colocar o seio na boca da criança, coloca-se um objeto. Esse objeto não tem a mesma significação que o seio da mãe que possui consistência própria, e cheiro específico de mãe, temperatura adequada e configuração gestáltica que a criança, ao amamentar de olhinhos bem abertos, associa-o a uma série de coisas, tais como, ao rosto e a respiração da mãe, (mamadeira não respira), seus batimentos cardíacos, etc.. Há um complexo de estímulos e respostas da criança, e existe, sobretudo, a relação libidinal, que com uma mamadeira, é impossível.
A mãe que não amamentou seu filho pode acarretar-lhe uma série de problemas. Suponhamos que ela além de não amamentar sua criança, deixa-a aos cuidados exclusivos de babás, que não desenvolve com a mesma, o vínculo afetivo que a criança manteria com sua mãe. As babás muitas, são trocadas várias vezes... Tudo isto como descrito acima, ocorrendo na fase oral, pode determinar perturbações dessa fase, e pode também, propiciar traumas. O que vem a ser trauma? É tudo que acabo de explicar. Além disso, não se pode esquecer-se da fome que a criança poderá sofrer...
O que é relação objetal com a Mãe? Quando por ocasião da fase de amamentação, poderá estar em uma condição emocional conflituosa. Poderá estar ainda, angustiada, deprimida, ansiosa. Por quê? A relação objetal é complexa e difícil. Nela existe ainda, uma terceira pessoa. Essa relação objetal, inicialmente, é aparentemente dual: ela acontece entre a mãe e a criança. Ocorre que a mãe tem outra pessoa, outro objeto. Com esse outro objeto, há outro tipo de relação, que é a relação da mãe com o pai da criança. Esta relação entre a mãe e o pai da criança, supõe a existência de um clima emocional. Logo, existe ainda, algo difícil para a mãe, que por desdobramento, sempre vai repercutir na criança.
A mãe ansiosa poderá ter leite e amamentar, mas o fará em péssimas condições emocionais, e isto certamente, será transmitido à criança: mãe ansiosa, mãe deprimida, mãe angustiada.





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