"Seus filhos não são seus filhos,
são os filhos da Vida
desejando a si mesma.
Eles vêm através de
vocês mas não são de vocês,
e embora estejam com
vocês, não lhes pertencem.
Vocês podem lhes dar
seu amor mas não seus pensamentos,
pois eles têm seus
próprios pensamentos.
Vocês podem abrigar
seus corpos mas não suas almas,
pois suas almas vivem
na casa do amanhã, que vocês não podem visitar.
Vocês podem lutar para
ser como eles mas não procurem torná-los iguais a vocês,
pois a vida não volta
para trás nem espera pelo passado.
Vocês são o arco de
onde seus filhos são lançados como flechas vivas.
O Arqueiro vê o alvo
no caminho do infinito e Ele curva vocês com seu poder,
para que suas flechas
possam ir longe e rápido.
Deixem que o seu
curvar-se na mão do Arqueiro seja pela alegria,
pois enquanto ama a
flecha que voa, Ele também ama o arco que é firme."
Adaptação de "O
Profeta" de Khalil Gibran
Ah, ser mãe é difícil; não existe
filho que não tenha dito um dia - ou pelo menos pensado - "não agüento minha
mãe", e o pior: com toda razão. Há coisas a ser evitadas para que eles nos
odeiem o menos possível.
Toda mãe tem vontade de telefonar para o filho pelo menos duas vezes por dia.
Meu conselho: não telefone. Deixe seu filho em paz, mas esteja sempre à disposição, a qualquer hora do dia ou da noite, para ouvi-lo reclamar do trabalho, da mulher, do filho que ele descobriu fumando um cigarro ou coisas do gênero.
Quando ele disser que vai viajar, não pergunte jamais - jamais - o dia em que voltará. Se não resistiu e perguntou, não telefone para ele no dia da chegada, antes de ele ligar, ou corre o risco de ser vítima de alguma atrocidade, e todas somos; ou não?
A mãe ideal é aquela que não dá palpite sobre nada, a não ser quando consultada e, mesmo assim, tomando o maior cuidado com o que vai falar.
Se ele se queixar da mulher, não aproveite para dizer tudo que está atravessado na sua garganta desde o dia em que ele te abandonou por ela.
Ouça tudo, mas fique muda, porque eles vão fazer as pazes e vai sobrar para quem? Não tente seduzir seu filho com propostas do tipo: "Domingo vou fazer aquele cozido que você adora, quer vir almoçar?" Se quiser ser mesmo uma mãe maravilhosa, mande levar na casa dele aquele bolo de laranja feito no tabuleiro, com cobertura de açúcar e limão, mas não telefone para saber se ele gostou.
Quando ele ligar - se ligar - para dizer que adorou, não peça o tabuleiro de volta; esse, nunca mais.
Tem hora pra tudo na vida, inclusive - e principalmente - para mãe.
Dê um tempo: ninguém suporta ser tão fundamental à felicidade do outro, como as mães costumam deixar claro. É verdade, mas nem todas as verdades precisam ser ditas.
Quer saber o que é uma mãe confortável? É aquela que tem vida própria: ou joga pôquer e ninguém vai tirá-la da rodinha de sábado, ou tem um namorado que não vai deixar, nem morta, para cuidar dos netos, ou tem um gato que não pode ficar sozinho.
É claro que ele vai reclamar que não conta com você para nada; vai ser acusada de ser egoísta, mas, se pudesse escolher entre uma mãe que sufoca e a que vive e deixa viver, sabe qual ia preferir? Pois é isso mesmo.
Goste dele mais do que tudo neste mundo, mas não diga nada.
E não fique triste ao constatar que ele se importa mais com seus próprios filhos do que com você: a vida é assim, e o amor de cima para baixo - de mãe para filho - é muito maior do que aquele de baixo para cima - de filho para mãe.
Ele também vai ficar triste quando perceber um dia, já avô, que seus filhos gostam muito mais dos seus próprios filhos do que dele, o que é natural.
E isso não é bom nem ruim, nem justo nem injusto: apenas é.
Toda mãe tem vontade de telefonar para o filho pelo menos duas vezes por dia.
Meu conselho: não telefone. Deixe seu filho em paz, mas esteja sempre à disposição, a qualquer hora do dia ou da noite, para ouvi-lo reclamar do trabalho, da mulher, do filho que ele descobriu fumando um cigarro ou coisas do gênero.
Quando ele disser que vai viajar, não pergunte jamais - jamais - o dia em que voltará. Se não resistiu e perguntou, não telefone para ele no dia da chegada, antes de ele ligar, ou corre o risco de ser vítima de alguma atrocidade, e todas somos; ou não?
A mãe ideal é aquela que não dá palpite sobre nada, a não ser quando consultada e, mesmo assim, tomando o maior cuidado com o que vai falar.
Se ele se queixar da mulher, não aproveite para dizer tudo que está atravessado na sua garganta desde o dia em que ele te abandonou por ela.
Ouça tudo, mas fique muda, porque eles vão fazer as pazes e vai sobrar para quem? Não tente seduzir seu filho com propostas do tipo: "Domingo vou fazer aquele cozido que você adora, quer vir almoçar?" Se quiser ser mesmo uma mãe maravilhosa, mande levar na casa dele aquele bolo de laranja feito no tabuleiro, com cobertura de açúcar e limão, mas não telefone para saber se ele gostou.
Quando ele ligar - se ligar - para dizer que adorou, não peça o tabuleiro de volta; esse, nunca mais.
Tem hora pra tudo na vida, inclusive - e principalmente - para mãe.
Dê um tempo: ninguém suporta ser tão fundamental à felicidade do outro, como as mães costumam deixar claro. É verdade, mas nem todas as verdades precisam ser ditas.
Quer saber o que é uma mãe confortável? É aquela que tem vida própria: ou joga pôquer e ninguém vai tirá-la da rodinha de sábado, ou tem um namorado que não vai deixar, nem morta, para cuidar dos netos, ou tem um gato que não pode ficar sozinho.
É claro que ele vai reclamar que não conta com você para nada; vai ser acusada de ser egoísta, mas, se pudesse escolher entre uma mãe que sufoca e a que vive e deixa viver, sabe qual ia preferir? Pois é isso mesmo.
Goste dele mais do que tudo neste mundo, mas não diga nada.
E não fique triste ao constatar que ele se importa mais com seus próprios filhos do que com você: a vida é assim, e o amor de cima para baixo - de mãe para filho - é muito maior do que aquele de baixo para cima - de filho para mãe.
Ele também vai ficar triste quando perceber um dia, já avô, que seus filhos gostam muito mais dos seus próprios filhos do que dele, o que é natural.
E isso não é bom nem ruim, nem justo nem injusto: apenas é.
que lindo,nossa fiquei sem palavras!!!!
ResponderExcluirOlha, até hoje o papel de mãe é o mais difícil que já desempenhei.
ResponderExcluirVale o sacrifício, é claro...mas nã deixa de ser um sacrifício diária.
Matamos um leão po dia e ainda não está bom, ainda precisamos nos doar mais...e mais...
Em contra partida não existe um papel tão maravilhoso.
bjs
Meu Deus, encontrei ocantinho que fala a minha língua rsrsrs Sou mãe de uma linda garota Sofhia de 2 anos e meio, mas que sufoco!!!! Também me sinto anormal quando dizem que ser mãe é viver no paraíso, penso que pulei alguma parte e perdi o paraíso. É claro que temos recompensas e momentos maravilhosos ao lado desses pequeninos, mas que dão um trabalhão dão...Adorei seu blog e vou sempre estar por aqui...bjs
ResponderExcluirRejane, concordo com tudo que está no post. Só tem um detalhe: isto é fácil de entender para aquelas mães que têm seus filhos vivos. Já para as mães que perderam seus filhos ...
ResponderExcluirTem um selo de presente para você em SELO: BLOG INSTIGANTE, dado com muito carinho. Beijos.