"Vença a si mesmo e terá vencido o seu próprio adversário." (Provérbio japonês)



“Presos ou soltos, nós, seres humanos, somos muito cegos e sós. Quase nunca conseguimos transcender os nossos estreitos limites para enxergar os outros e a nós mesmos sem projetar o nosso próprio vulto na face alheia e a cara dos outros na nossa.”

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domingo, 12 de julho de 2009

Co-dependência afetiva. - Pare de amar errado

    Depência  afetiva ou co-dependência







Dependente é uma pessoa que precisa ou pensa que precisa de algo ou alguém para viver. Uma criança é naturalmente dependente do adulto para muitas coisas. Mas um adulto dependente é o que ainda não consegue crer que pode resolver ou assumir coisas na vida por si próprio. O codependente afetivo é alguém que pensa, sente e decide que precisa de uma outra pessoa para construir sua auto-estima, ser feliz, sobreviver, viver, ter paz.

Muitas pessoas, mais do que pensamos, são codependentes. E pode haver uma confusão, um limite tênue entre agir como codependente ou não. Muitas coisas que codependentes fazem são coisas normais que qualquer pessoa faz. O codependente tem, porém, a tendência a exagerar comportamentos, ou para mais ou para menos. Oito ou oitenta. Tudo ou nada.


Melody Beattie, codependente em recuperação, expert em Codependência, diz: “Ser sensível aos sentimentos dos outros, preocupar-se com o que os outros pensam é um comportamento bom e decente. Porém, cuidar demais dos sentimentos dos outros e preocupar-se demais com o que eles pensam, enquanto estamos, ao mesmo tempo, ignorando o que nós sentimos e pensamos – desvalorizando nossas emoções e instintos e nos sentindo culpados, envergonhados ou inconscientes do que pensamos – é uma atitude tipicamente co-dependente.” 

(“Ouça o Seu Coração”, Editora Record, p.302, 2003).

Há uma diferença entre ajudar pessoas, conhecidas ou não, e se envolver demais nos problemas delas, assumindo responsabilidades que são delas, por culpa, por se sentir obrigado, ou porque você foi manipulado para fazer aquilo. A última é codependencia.

Afirma Melody: “Quando estamos afundando na areia movediça – porque todo mundo que estamos tentando ajudar está afundando e nos levando junto – e estamos esperando alguém que venha nos salvar, isto é codependência não tratada.” (p.303).

Um codependente permite ser abusado seguidamente, sem colocar limites, sem se proteger. É sempre magoado, ferido, pela mesma pessoa, não se protege, e vive uma negação do seu sofrimento e dor. E – importante – você pode aprender a ir deixando de ser codependente, ao prestar atenção aos seus próprios sentimentos, pensamentos, desejos, evitando cuidar das pessoas obsessivamente, salvá-las das conseqüências dos erros delas, se tornar responsável pelo seu próprio bem estar. Leva tempo, mas é possível mudar este comportamento.

“Preocupar-se com as pessoas que se ama,” – acrescenta Melody – “cuidar delas e ajuda-las em tempos difíceis, estar presente quando precisam de você, sem esperar que façam alguma coisa em troca, é um comportamento exemplar. Mas dar sempre tudo o que se tem, deixar-se manipular, ouvir mentiras, ser enganado e magoado, refletem uma ausência de amor por si mesmo. Merecemos mais do que isso.” (p.303). Não merecemos?



Cesar Vasconcellos de Souza – psiquiatra do CAVS – Centro Adventista de Vida Saudável e do Hospital Adventista Silvestre.



Co-dependência afetiva.
 



Um co-dependente é uma pessoa que desenvolve relações baseadas em problemas. São relações pouco saudáveis, em todas as esferas. O foco está sempre no outro e o vínculo não é o amor ou a amizade, mas a doença, o poder e o controle. No fundo, o co-dependente acredita que pode mudar os outros e seus relacionamentos são criados não com a perspectiva de respeitar as pessoas, mas de ensinar o que acredita ser melhor para elas. O co-dependente é motivado pelo desejo de transformar o outro - e mandar nele, ser dominado pelo outro. Com certeza você, conhece uma casal assim, ou mesmo já vivenciou uma relação, baseada na co- dependência afetiva. Por exemplo, um caso clássico: A mulher que casa com um drogado achando que ela pode ajudá-lo a parar com o vício. Só que ele só vai parar, se ele próprio quiser parar. Essa mulher entra nesse casamento porque provavelmente tem um histórico que a torna dependente da 'adrenalina' que experimenta na relação. Ela melhora sua auto-estima sentindo-se necessária para o marido. Ele, por sua vez, nunca vai se livrar do vício enquanto se escorar nela.








O vínculo desse casal não é o amor, mas a doença que eles têm em comum. É a dinâmica em torno do vício.Quando você analisa os casos de dependência, percebe que, além da predisposição genética, existe a disfuncionalidade da família. As duas coisas se somam, mas não dá para saber qual é a causa. Se houver predisposição genética, mas a família for saudável, pode ser que o vício não se desenvolva. Numa família saudável ninguém usa drogas ou abusa de álcool. Também sabemos que o viciado só vai se curar se a família inteira entrar em tratamento. Ou, em outra hipótese, se ele se distanciar emocionalmente da família, que geralmente é o fator reativo.Nem sempre existe algum dependente de drogas ou de álcool na família de um co-dependente. Na família de um viciado, todos são co-dependentes, mas, nem todo co-dependente tem um viciado na família. Fica mais fácil enxergar a síndrome quando existe o vício, mas o problema é muito mais amplo do que isso.Geralmente a co-dependência se manifesta quando não está associada ao vício.





Em relações neuróticas de qualquer natureza: entre pais e filhos, marido e mulher, namorados, chefe e subalterno, entre amigos, até mesmo entre um terapeuta e seu paciente. Aquele amigo que todo mundo gosta de consultar quando tem um problema pode ser um co-dependente. Ele adora dar conselhos e sempre começa com a clássica frase 'Se eu fosse você...'. Esse conselho não é bom. Ele é diferente de você e o que é bom para ele provavelmente não será bom para você. Ele não está respeitando a sua personalidade nessa conversa, está tentando fazer você agir como ele, transformá-lo. Enfim, são relações de poder que descambam para o controle. O co-dependente joga o foco na outra pessoa, faz muito por ela e pouco por si. Não porque seja altruísta, mas porque se acha onipotente.Controlando a vida de outra pessoa, ele acredita que a dele estará sob controle também. O codependente tem muito medo de ficar sozinho, por isso faz tudo para garantir afeto e se sentir indispensável - até mesmo alimentar a fraqueza alheia. Por exemplo - Há o caso de uma mulher co-dependente, casada com um alcoolatra. Toda vez que ele melhorava, ela se desestruturava completamente e a relação entrava em crise. Ela tinha medo de perdê-lo se ele não precisasse mais dela para lutar contra o vício. Uma vez ela se jogou no chão, diante da porta, para impedir que ele saísse de casa.Os dois são vitimas nesse tipo de história. Existe uma alternância de papéis, um se alimenta do outro, mas o co-dependente sofre desesperadamente. Ele se mede pelo sentimento do outro em relação a ele, como uma criança faz com seus pais. A pessoa se sente incompleta sem o outro, busca no outro o que lhe falta. Há expressões típicas usadas pelos co-dependentes: 'Fulano é minha cara-metade', 'Fulana é minha alma gêmea' ou 'o ar que eu respiro'. Essa síndrome se desenvolve de uma forma muito simples. O co-dependente vem de uma família disfuncional e sofreu algum tipo de abuso na infância: mensagens controversas emitidas pelos pais, abuso físico e assim por diante.




Essas mensagens controversas são aparentemente inocentes, mas fazem grande estrago. São coisas do tipo 'estou batendo em você porque o amo'. Dá um nó na cabeça da criança, e ela inconscientemente associa o amor à violência física. A co-dependência também se apresenta em adultos que, quando jovens, presenciaram situações de conflito entre familiares ou eram usados por um dos pais para obter coisas junto ao outro. "As crianças crescem recebendo estímulos de co-dependência no dia-a-dia porque nossa sociedade é doente. Exalta casais que se completam e a busca de almas gêmeas, como se ninguém fosse inteiro.""Pais que brigam na frente dos filhos ou que os usam para atingir um ao outro dão um nó na cabeça deles. Frases como 'Estou batendo em você porque o amo' também provocam grande dano a longo prazo."A síndrome afetiva atinge mais as mulheres. A tradição judaico-cristã estimula o altruísmo, o sacrifício e a culpa em todos, independentemente do sexo. Mas nossa cultura exerce uma pressão muito grande para que a mulher assuma papéis que, se extremados, podem levar à co-dependência. Ela é criada para ser mais doadora, mais maternal, a grande Mãe, e isso a deixa mais suscetível.Nossa sociedade é extremamente individualista, mas prega o eu de forma equivocada, desequilibrada, sem respeito nenhum pelo alheio. 'Vale tudo para eu me dar bem, até mesmo passar por cima do outro.'O co-dependente é alguém controlador, exigente consigo mesmo e com os outros, com baixa auto-estima, minucioso, rígido, com dificuldade de perdoar e compreender, muito crítico mas refratário a críticas.







Todo mundo reconhece esses comportamentos. Mas é preciso avaliar quantos desses sintomas a pessoa tem, em que intensidade e com que freqüência. É isso que faz a diferença entre uma pessoa que se preocupa com os outros e um co-dependente. É como o fetichismo, por exemplo. A pessoa pode gostar de uma mulher com determinada peça de roupa, mas não ser necessariamente um fetichista, alguém que só consegue se excitar se a pessoa desejada vestir a peça. O Controle"Precisamos mudar nossa atitude e passar a cuidar das nossas emoções, crenças e dos nossos pensamentos da mesma maneira que cuidamos do nosso corpo." "A recuperação começa quando o co-dependente conquista distanciamento emocional: deixa de falar do outro, volta-se para si mesmo e estabelece limites para não invadir ou ser invadido." O tratamento geralmente se consiste em psicanálise, em consultório, e também em grupos de Co-dependentes . No consultório, tenta-se resgatar a criança que foi ferida na família disfuncional. No grupo, lida-se com a culpa e a vergonha. O co-dependente não é criticado. Ao contrário, vê que há várias pessoas como ele. Assim, não se sente isolado e consegue melhorar sua auto-estima. É difícil falar em cura, é melhor falar em controle e conscientização, porque é uma síndrome emocional, é diferente do vício em drogas, em que geralmente há uma dependência química e física. No entanto, as pessoas só admitem a doença e procuram terapia quando a vida fica incontrolável.



CO-DEPENDÊNCIA AFETIVA

Textos: Elizabeth Queiroz,- Psicanalista. Registro Terapêutico SBPH nº 2009









Co-dependência afetiva:


Arte de Dar Duas

Voltas ao Mesmo Inferno .


É bem possível que cada um de nós, em nosso inferno particular, deva possuir particularidades e singularidades próprias.  No entanto, ao entrar em contato com a co-dependência afetiva, tenho observado que tal fenômeno faz emergir no co-dependente, angústias catastróficas e ansiedades dilacerantes. Análogas às “chamas ardentes do inferno, acrescidas do seu cheiro de enxofre”. Chamas essas, que possivelmente, foram construídas e vivenciadas pela pessoa durante toda sua vida, a experiência é o fruto de um desejo incontrolável de ser amada e aceita pelo “outro”.Diabo para que? Ele não é necessário! Quando a alma dói, nosso inferno particular cria quantos diabinhos forem necessários.  Afinal, “o inferno sem diabo, não é inferno”! Impossível pensar em um inferno sem diabo! Corre-se o risco de descobrir que projetamos no “outro” os100% de lixos emocionais nossos não elaborados. O coerente seria assumir os 50% dos nossos lixos emocionais, ainda não reciclados, e deixar os outros 50% , para que o “outro” dê conta. Afinal, no acerto de contas, ninguém constrói um  inferno sozinho.   Minha experiência do consultório tem mostrado que a dependência afetiva apresenta-se como um dos mais complexos distúrbios emocionais a serem tratados, felizmente com algum sucesso na terapia.







Esse “vício de amar” é um tipo de vício, que traz no seu cerne as memórias seletivas dos momentos afetivos aparentemente “bons”, descartando, por outro lado, os momentos de crise.  Os momentos afetivos aparentemente “bons” trazem as lembranças do cheiro, da “química de pele”, a música, às viagens, o entretenimento. Ao mesmo tempo, minimizam as crises, angústias, ansiedades, agressões verbais, e por vezes, mesmo as agressões físicas.  Nas dinâmicas em que os processos de adição se desenvolvem como o álcool e outras drogas (maconha, cocaína, ectasy, heroína), os tratamentos terapêuticos caracterizados por englobar as psicoterapias, o emprego dos fármacos e às vezes internações, são apontados como as melhores opções, visando à reestruturação e restauração do psíquico do indivíduo.







 O elaborar e o re-significar do aparato mental da adicta parte da premissa que é necessário oferecer ao indivíduo novas reapresentações mentais, ao mesmo tempo em que se possibilita o emergir de novos significados alternativos.  Numa tentativa de livrar-se da compulsão às drogas, o adicto substitui o seu objeto de desejo (as drogas), dedicando-se, na maioria das vezes, à religião, profissão, aos estudos, ou a um projeto de vida até então, inexistente. Esse deslocamento é conhecido por “vínculo compensatório”, que substitui o objeto de desejo, no caso a droga.  No processo da adição afetiva existe o “vínculo compensatório”, que se dá maioria das vezes, através do consumismo excessivo, da cultura doentia ao corpo, ou compulsão à comida. Há o desenvolvimento ainda, da síndrome da eterna juventude e às vezes, esses indivíduos deixam emergir um narcisismo patológico, ou uma síndrome do perfeccionismo.







No caso da co-dependência afetiva, existe o “vínculo compensatório”, porém não existe a possibilidade de fazer a substituição do objeto de desejo (no caso, viver uma nova relação e deixar ser amada). Não existe o deslocamento, ou seja, é necessário viver novamente um processo relacional afetivo, para que se possa aferir se houve ou não, uma nova aprendizagem e uma evolução qualitativa, no tocante ao amadurecimento emocional. Ao possibilitar-se viver um novo processo relacional afetivo, corre-se o risco de desenvolver novamente, uma co-dependência afetiva. Isso significa entrar no “inferno em chamas”, a fim de verificar se as feridas psíquicas e emocionas estão realmente cicatrizadas. Sartre dizia que “o homem é condenado a ser livre”. Eu acrescentaria “o ser humano é um ser condenado a viver as relações”.


Como ser livre e viver as relações na dependência de ser amado e aceito pelo outro? Imagino que para ficar imune à “co-dependência afetiva” é preciso viver as relações afetivas nas mais diversas complexidades. A arte de viver as relações em sua intensidade e manter a individualidade, é o que dá sentido à nossa vida.


 “Sísifo, personagem da mitologia grega, que era o ser aprisionado pelo diabo e acorrentado dentro das entranhas do inferno, consegue escapar”. Porém o pavor psíquico torna-se enorme, que pregar uma peça no diabo.Cria para próprio cotidiano a seguinte missão: passar o resto da sua vida, empurrando uma pedra, de aproximadamente 300 kilos, até o cume da montanha, então deixa a pedra rolar, para baixo e começa novamente a empurrar a pedra para o alto da montanha e assim sucessivamente e interruptamente.“Quando questionado explicou: - quando o diabo me olhar, vai imaginar que esta é a minha punição, então vai me deixar em paz.”Ah! Então é assim, nós fugimos do diabo, porém não conseguimos fugir do nosso próprio inferno particular.Assim as relações de co-dependência, querendo defender do outro, nos tornamos co-dependentes. Afinal, não encarar o diabo, é o mesmo eu dizer que ele não está dentro do seu psiquismo.


por Dr.Sebastião Souza* * Terapeuta Breve de casal








A palavra "codependente" parece se relacionar com algo do tipo "dependente junto com alguém", mas quando se fala de codependência afetiva isto NÃO se relaciona com uma pessoa ser também dependente de algo que outra é. Então, por exemplo, se você tem um parente alcoólico, ser uma pessoa codependente afetivamente NÃO significa que você também é dependente do álcool! Isto porque o termo CODEPENDENTE AFETIVO ou CODEPENDÊNCIA AFETIVA significa um tipo de comportamento que é muito igual ao de uma pessoa que convive de perto e interage com um alcoólico. A pessoa codependente afetivamente vive a vida do outro mais que a sua, vive querendo agradar os outros, salvar os outros, anulando a si mesmo, tendo dificuldade de colocar limites, de defender seus direitos.


Melody Beattie disse: "Codependência é a ilusão de controlar nossos sentimentos interiores, tentando controlar pessoas, comportamentos e coisas." e "Codependente é uma pessoa que tem deixado o comportamento de outra pessoa afetá-la e é obcecada em controlar o comportamento dessa pessoa." (autora de “Codependência Nunca Mais”, “Para Além da Codependência”, “Ouça o Seu Coração”, “A Linguagem da Liberdade”, “Páre de Se Maltratar”, todos estes traduzidos em Português).


Costumo dizer que a droga do alcoólico é o álcool, e a droga do familiar dele é o controle, é a obsessão pelo outro. Isto é codependência afetiva.



Veja uma série de características de uma pessoa codependente afetivamente: o mais básico é querer controlar a vida do outro - anular-se como individualidade - julgar ser a única solução para o problema da outra pessoa - necessidade de ser "necessário" - espera que o tempo resolva tudo - só reage (geralmente não age em benefício de si) - depende muito de manifestação de afeto dos outros - manipula muito - sempre tenta justificar ou desculpar o comportamento do outro - pensamento obsessivo (só pensa no outro) - geralmente crê que amar é sofrer, etc.


Como se pode ver, quase tudo isto é encontrado no familiar do alcoólico, mas não somente nesta condição familiar. Há exceções, mas ser um codependente afetivo é tudo o que um familiar de alcoólico ou dependente de outra droga é.


Para finalizar, alguns passos que podem levar a pessoa a ir saindo da conduta codependente afetiva, um dia de cada vez, podem ser: (1)aceitar que você é assim, sem negar, (2)aceitar ajuda (Al-Anon, Nar-Anon, psicoterapia, etc.), (3)desenvolver estratégias de mudança, (4)melhorar sua própria vida, conhecendo-se, tornando-se honesto consigo mesmo e com as pessoas, aprendendo a ter controle sobre suas emoções, (5)fazer novas escolhas, caminhar para o desligamento emocional, (6)assumir a história da sua vida, (7)não deixar o grupo de ajuda mútua que escolheu, ou o tratamento profissional necessário, (8)agir (ao invés de reagir ou de fugir), (9)coragem.



Co-dependência Afetiva"E viveram felizes para sempre..." Quantas vezes, na infância, as mulheres escutam esta frase dos lábios dos adultos? Presença fundamental nos contos de fada, a idéia do amor eterno encanta os corações femininos, que esperam um dia realizá-lo. De acordo com os psicólogos, é daí que pode surgir a famosa fobia de "ficar sozinha", que muitas mulheres alimentam na idade adulta. Os terapeutas alertam que, quando as mulheres passam a deixar de lado o amor próprio e a buscar um relacionamento para preencher um vazio existencial, a busca do amor já pode ser considerada obsessão. A ansiedade de encontrar o companheiro ideal pode levar as mulheres a agüentarem relacionamentos penosos e até perigosos, com a esperança de que um dia tudo se modifique. Entre os sintomas que caracterizam a dependência afetiva estão os medos do abandono e da solidão. Segundo os psicólogos, o dependente afetivo sente-se longe dos outros e dele mesmo, por não se autoconhecer. Ele procura preencher este vazio colocando a culpa de seus problemas nos outros. As pessoas que sofrem de amor obsessivo têm uma relação ambígua com o compromisso: têm medo de se comprometerem seriamente com alguém, mas também temem não estarem comprometidos com o outro. Os psicólogos explicam que os dependentes afetivos também tendem a idealizar o companheiro(a), para depois frustrarem-se por notarem que não são perfeitos. Como deixar a dependência ?De acordo com associações anônimas de dependentes afetivos, existem 12 passos para resolver o problema. O primeiro deles é reconhecer a dependência e avaliar em que profundidade ela interfere no ritmo normal de vida. Embora não seja fácil a recuperação, é possível reduzir sensivelmente o grau do problema, mais tenha em mente que admitir a dependência é o maior obstáculo, muito dificilmente se admite ser dependente de alguém, são inúmeras desculpas e justificativas, o indivíduo acaba ele mesmo acreditando que não é.


É importante também renunciar diariamente à condição obsessiva, aprendendo a gostar de sí mesmo e a se responsabilizar pela própria vida. Os dependentes também devem aprender a pedir ajuda e a se expor perante o analista ou grupo de terapia. Elevar a auto-estima, procurando realizar objetivos e criar projetos de vida são outros passos para enfrentar a dependência. Algumas dicas para identificar se você é dependente e ajudar a reverter esta situação.Procure equilíbrio. Apanhe um pedaço de papel e trace uma linha no meio da página. Ao topo, coloque o nome da pessoa em questão. Na coluna esquerda, escreva todas as coisas que você fez no mês passado para esta pessoa, se ela pediu ou não. Ao término do artigo, ponha um "P" para prazer, ou "R" para ressentimento, assim você vai realmente distinguir qual emoção você sentia, sobre esta atividade. Na coluna direita, liste todas as coisas que a pessoa fez para você, ativamente ou passivamente, se você pediu ou não. Mostre sua lista a um amigo imparcial e descubra se você esta se dedicando excessivamente a esta pessoa. Pare seu comportamento habitual. Se você descobriu que você está fazendo pelo outro quando você não quer, se você está sentindo ressentimento quando você faz, então ache um modo para parar. Estar ressentido é um sinal seguro que você não quer; principalmente se você pensa que a única razão por você estar ressentido está baseado na reação da outra pessoa. Se você estiver descontente, então isto é injusto com você como também com a outra pessoa.






Este é um livro especialmente recomendado para as mulheres que, na ânsia de viver um grande amor, acabam perdendo os limites, amando demais, experimentando fortes desilusões, provocando até mesmo o fim da relação. Pare de Amar Errado mostra o poder destruidor da dependência do amor masculino, ensina como a mulher pode ficar mais voltada para si mesmo, evitando frustrações profundas, e como estar segura, resguardada e fortalecida para sobreviver às armadilhas dos relacionamentos.

Por que você está perdendo ou perdeu o homem que amava? Quantas vezes você negou os seus desejos, as suas necessidades e sua personalidade, tornando-se insegura? Você já deixou de lado a sua realização pessoal, foi prestativa, cordata ou passiva apenas para agradar a ele? Isso significa que você pode estar amando ou amou demais.


Amar, todo mundo sabe disso, é viver o mais lindo dos sentimentos. Amar demais, você precisa saber, é entrar no terreno perigoso do ressentimento, da perda da dignidade e da auto-estima.


Ame sem ansiedade. Estabeleça sua segurança íntima. Fantasie menos, trazendo o amor para o mundo real. Mantenha o controle e passe a conduzir as situações. Faça deste livro o começo de um novo padrão de condutas nos seus relacionamentos.


Uma das mais surpreendentes obras dos últimos tempos sobre o amor Pare de Amar Errado foi escrito para mulheres...

...Mas é um livro que todo homem também deveria ter a coragem de ler.


“A jornalista e escritora Rejane Freitas é uma das mais gratas revelações dos últimos anos na área de livros de auto-ajuda. Sua linguagem encanta pela franqueza, clareza e inteligência, como pode ser visto aqui em seu livro de estréia, Pare de Amar Errado” – Paulo Tadeu, editor, Matrix Editora, São Paulo/SP







Farei o possível para não amar demais as pessoas, sobretudo por causa das pessoas. Às vezes o amor que se dá pesa, quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe. Eu tenho essa tendência geral para exagerar, e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo. É uma forma de paz...


Clarice Lispector











Quando o amar demais o outro é um problema. O comportamento não escolhe classe social ou idade. Da adolescente à empresária bem-sucedida que se casou há pouco, até senhoras que já são avós. São patricinhas, donas de casa, mães, descoladas, entretanto, todas com um único ponto negativo, a obsessão pelo ser amado. A característica comum a essas mulheres é a falta de amor-próprio, não no sentido popular, como sinônimo de “brio”, mas sim no sentido de baixa autoestima. “Quando uma mulher releva tudo que o outro faz, se submete a maus-tratos, humilhações e danos físicos, ela está demonstrando que não se tem em alta conta, que não se considera merecedora de ser bem tratada, de receber coisas boas, merecer um tratamento digno”, afirma a psicóloga Yara Monachesi, especialista em sexualidade humana.
Baseada nestas relações desequilibradas, a jornalista, atriz e escritora Marília Gabriela transportou depoimentos de 13 mulheres que enlouqueceram, literalmente, de amor, no seu livro “Eu que amo tanto”, pela Rocco. Por meio do grupo de apoio Mada (Mulheres que Amam Demais Anônimas) Marília colheu depoimentos e os escreveu em primeira pessoa. Não falou sobre os encontros do Mada e sim das experiências pessoais dessas mulheres. A obra, segundo a autora, relata histórias de mulheres que passaram do amor para a patologia no amor. “Lançadas ao fundo do poço por relacionamentos doentios, construídos em bases frágeis de autoestima e desespero diante da vida”. A carência afetiva e os conflitos mal-resolvidos na relação com os pais são apontados como algumas das prováveis causas para o comportamento. “Ela acaba jogando sobre o homem, e cobrando dele, toda a expectativa que carrega de finalmente ser feliz.

Ao invés de viver plenamente a felicidade como um processo de construção em que, aos poucos, vamos alcançando uma série de desejos e necessidades satisfeitas, a mulher que ama demais só sabe ser feliz se o homem/objeto do seu desejo a amar demais também”, afirma a jornalista Rejane Freitas, autora do livro “Pare de Amar Errado - Guia de Sobrevivência nos Relacionamentos”, pela Matrix. “Elas se despersonificam, perdem a própria personalidade e se projetam no homem por quem estão envolvidas. Elas se mudam para a vida do outro, a própria vida deixa de ter valor e passam a se realizar por meio do homem que amam. Então se estabelece uma profunda dependência emocional da parte delas.”



“Quem ama demais, ama sozinho” Os casos de violência doméstica são, geralmente, os que mais incomodam os familiares e amigos, por não compreenderem como a mulher suporta o agressor e ainda por cima demonstra amá-lo. Uma análise desses casos, segundo a psicoterapeuta Yara Monachesi, revela que a mulher, na maior parte das vezes, pode se afastar, pode sair do encarceramento dessa união, mas não o faz, ora argumentando que fica em favor dos filhos, ora porque o parceiro precisa dela, não tem para onde ir, raras vezes admitindo que ela tem por ele uma paixão do tipo obsessiva. “Neste sentido, cabe a pergunta: Mulheres que amam demais ou mulheres que se amam de menos?” Para mudar esse comportamento, a jornalista Rejane Freitas afirma que essa mulher deve iniciar um processo de autoavaliação. Ela deve começar a se ver fortalecida, com poder pessoal para fazer escolhas e definir o rumo da sua vida. Desenvolver um instinto de defesa própria, de segurança interior, de assumir a responsabilidade pelas decisões na vida e no relacionamento.


A mulher deve exercitar um grau de independência emocional e sentimento de desapego (dentro de limites saudáveis para que não caia no outro extremo, o egoísmo). Outra dica é desenvolver dentro de si a capacidade de sobreviver emocionalmente a um término de relação. Compreender quais são os seus papéis no mundo, buscar a sua identidade existencial, descobrir um dom, um talento, procurar quais são as suas missões humanitárias, em como pode contribuir com o universo e a humanidade. “Como eu digo no meu livro: amar demais é um erro, é um investimento desperdiçado, pois quem ama demais, ama sozinho. O amor que você deu demais, o homem não viu, não percebeu, não entendeu, não aproveitou, não sentiu, não recebeu”, revela Rejane.


Poema de Yasmin após a cura



Fala de um coração restaurado após a perda "de um grande amor", amor no qual depositava toda sua luz.O mal que trouxe o bem , pois com a sua luz de volta, Yasmin pode aprender que sua forma de amar era doentia , que a luz é nada mais nada menos menos que a sua vida. A cura se dá quando acaba-se a dependência.


A luz está de volta!!







Luz de minha vida... onde está que me deixou na escuridão???

Minha existência tornou-se sombria, quando tudo era claro... luminoso... brilhante!
Meus olhos perderam o brilho...
De minha face a cor esmaeceu.



Mas... tudo passa... tudo tem um final... e a luz retornou...

Com um brilho maior... com intensidade total...
A Luz que buscava em você, estava em mim...
e... ao perder você, me encontrei..
e essa claridade , tornou tão forte que se manifestou!
E ao manifestar-se veio com uma força inesgotável
De amor... de alegria ... de prazer!


Numa amplitude de vibrações... propagada em luminescências.

Agradável sentimento que me presenteio!
Dedicação absoluta de mim para mim mesma...
Seu amor, foi passageiro e sem conseqüências...
O meu? Um sonho ou um devaneio ou talvez, um encanto...
E, nesse encantamento... quase me perdi...
Capricho de minha imaginação...
Obstinação fantasiosa...
Movida pela carência de um ser para com seu próprio ser..
Desejo demente... loucura enlevante que quase tragou minha alma.
Fazendo-me persegui-lo com interesse e paixão,
Que sobrepunha à minha lucidez e à razão.


Cega estava... só via você... Que, como vício me dominava.

Não foi preciso arrancá-lo de mim... você simplesmente saiu
e... nessa saída, a luz se fez!
E... como Deus, criando do nada...
Eu me refiz... de criatura subjugada, tornei-me criadora
De um diadema de felicidade...
E hoje sei que você não me deixou na escuridão... e sim , que era ela quem me rondava.
Dentro da insatisfação que trazia em meu interior.
Minha face já resplandece!
E... um grande amor reluz em meu olhar!!!

Texto copiado da internet

4 comentários:

  1. Incrível!!
    Perfeito pra mim! :(
    Excelente texto... vou postar no meu blog!
    Abraços,
    Tandorí.

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  2. Excelente blog!Passei aqui para dar apenas uma olhadinha rs ...mas fiquei, fiquei...Bjs!

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  3. Isso me leva a crer que preciso de ajuda para sair desse poço

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Muito obrigada pela visita.
Volte sempre!!
Rejane

Textos no arquivo :

"Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma... Todo o universo conspira a seu favor!" - Goethe "Sou sempre eu mesma,mas com certeza não serei a mesma para sempre!" Clarice Lispector

Mudanças


"Quando uma criatura humana desperta para um grande sonho e sobre ele lança toda a força de sua alma... Todo o universo conspira a seu favor!" - Goethe





"Sou sempre eu mesma,mas com certeza não serei a mesma para sempre!"



Clarice Lispector